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A investigação sobre as causa do acidente que matou o ex-candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos ainda não tem data para ser concluída. Mas, para grande parte da população pernambucana, a tragédia já tem uma explicação: trata-se de um “atentado”. Essa, pelo menos, é a versão que corre no cemitério onde o socialista foi enterrado, nas praias, nas esquinas, em escritórios do Recife. E não foi por outro motivo que a palavras mais repetida, aos gritos, por pessoas durante todas as cerimônias fúnebres do ex-governador foram: “Justiça, justiça!”.
O GLOBO ouviu 30 pessoas em quatro bairros da capital, e apenas duas não compartilham da mesma suspeita, que intriga os pernambucanos desde a última quarta-feira. A equipe ouviu conversas espontâneas no meio das ruas e abordou também pessoas de todas as classes sociais. Não há limite para procurar culpados. As pessoas apontadas como “responsáveis” vão da presidente Dilma Rousseff à “máfia do PT”. De alguém “muito invejoso” à ex-senadora Marina Silva, candidata a vice quando houve a tragédia.
‘FOI A MÁFIA DO PT’
Ambulante na praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, onde vende cerveja e refrigerantes, Francisco Tenório gritava à beira mar, na segunda feira: —Vou dizer uma coisa a vocês. É muito estranha a morte de Eduardo Campos. Ele era um grande guerreiro. Quem matou foi Dilma, foi o PT. Nós somos fiéis a Eduardo. O avô dele, Miguel Arraes, era nosso amigo. Eu garanto, quem matou Eduardo foi a máfia do PT. Vamos escolher um novo presidente — dizia.
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