O
ECLESIASTES SERIA UMA PSICOFONIA DO ESPÍRITO DE SALOMÃO?
Apesar de o
cristianismo, não tanto o Judaísmo, ter feito silêncio durante séculos sobre a
mediunidade na Bíblia, ela foi descoberta por pesquisadores bíblicos leigos e
independentes.
Na Bíblia, tanto no
Velho Testamento, como no Novo, são muitos os casos de fenômenos mediúnicos. Os
espíritos bons eram confundidos até com o próprio Deus, que os judeus chamavam
de Javé, e os maus ou não amigos dos judeus eram tidos como deuses falsos ou
pagãos. Mas na verdade, todos eram espíritos humanos, que se comunicavam com as
pessoas, sacerdotes ou não, possuidoras dos dons proféticos ou mediúnicos (1
Coríntios capítulo 12), e que, mais tarde, os teólogos cristãos passaram a
denominar de dons do Espírito Santo trinitário ou Terceira Pessoa da Santíssima
Trindade, doutrina essa que provocou muitas polêmicas entre os teólogos e que,
por isso, como aconteceu com outras doutrinas, também polêmicas, foi
transformado por eles em dogma. E ai de quem negasse publicamente um dogma!
Um exemplo desses
fenômenos mediúnicos, espirituais ou proféticos é o da entrega das Tábuas dos
Dez Mandamentos ao grande médium ou profeta Moisés por um espírito já angélico,
quando ainda muitos pensam que foi o Espírito do próprio Deus (Atos 7: 30). E, por oportuno, informamos que é muito comum
um espírito manifestar-se em forma de uma luz ou fogo, daí a sarça ardente.
Todos os espíritos
manifestantes bons ou maus são humanos. Vejamos exemplos disso. Um é o caso do
profeta Samuel que, mesmo depois de morto, ainda profetizou. (Eclesiástico 46:
20). Outro exemplo é o da manifestação do espírito, também de Samuel, quando
ele, através da médium de En-Dor, comunica-se com Saul (1 Samuel 28: 15).
Alguns líderes religiosos, com ideias
fixas de demônios e contrários ao que diz o texto bíblico, afirmam que não foi
o espírito de Samuel que se manifestou, mas o de um demônio. O que vale mais o
que afirma a Bíblia ou o que ensinam esses tais de líderes religiosos fanáticos
contra o espiritismo? Ademais, demônio (“daimon” em grego na Bíblia) é alma ou
espírito humano. E, nesse mesmo capítulo 28 de 1 Samuel, temos também um
exemplo de que deus (plural deuses) com a letra inicial minúscula, é espírito
humano, pois o texto bíblico diz referindo-se ao espírito de Samuel: “...Vejo
um deus que sobe da terra.” (1 Samuel 28: 13).
E vejamos agora o
assunto que deu o título a esta coluna. Coélet é o autor do Eclesiastes, porém,
não é um nome próprio de uma pessoa, mas de profissão de pregador para uma reunião
de pessoas. Daí que a palavra grega Eclesiastes, da mesma raiz de “eclesia”,
significa também igreja ou reunião de pessoas para ouvirem um pregador.
Segundo a opinião mais
aceita pelos estudiosos desse livro Eclesiastes, ele foi escrito por volta do ano
280 a.C. Mas uns dão-lhe a data de 580 a.C. E outros atribuem-lhe vários
autores. Diante dessas opiniões diferentes, ousamos apresentar mais uma. Se
Coélet ou Eclesiastes (pregador) se identifica como filho de Davi e rei de
Israel, o que tem levado muitos biblistas à hipótese de que se trata de
Salomão, por que não se admitir a da mediunidade de psicofonia, isto é, a de
que o espírito de Salomão se manifestava através do pregador Coélet ou
Eclesiastes, se hoje, por essa mediunidade, se sabe que os espíritos podem se
manifestar através de médiuns oradores psicofônicos?
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